Rápida conversa sobre os vilões de The Legend of Zelda

 


Para quem não tá sabendo ainda, eu sou fã da franquia Zelda. E para quem já sabe, eu sou fã da franquia Zelda. 

E, enquanto eu jogo para redigir a próxima review neste blog e deixo as três pessoas que o acompanham roendo as unhas do pé de ansiedade, vou encher linguiça (ui) com outros posts aleatórios a respeito do universo dos games para o jogadores perderem minutos da suas preciosas vidas lendo.

Aliás, estou quase tendo um filho de tanta aflição aguardando novas notícias da continuação de Zelda Breath of the Wild, que, creio eu, sairá na E3 deste ano. E, puta que pariu, Nintendo, nos apresente algo porque dá última vez que os fãs de Zelda ficaram angustiados os anglo-saxões invadiram Roma e a peste negra aconteceu. 

Mas, ao mesmo tempo eu não sei se boto muita fé para a rapidez na produção e lançamento do jogo, afinal o seu antecessor levou o que? 6 ou 7 anos pra ser desenvolvido? Um jogo foda (Apesar de um pouco superestimado) igual ele precisa de uma continuação digna de ser apreciada por Odin, e é lógico que tal serviço para o bem da humanidade requer muito, mas, MUITO tempo. 

De qualquer forma o que eu não queria neste momento é ser algum funcionário da Nintendo trabalhando no jogo, pois já estaria espancando o gato da vizinha no teclado do meu computador de tanta pressão psicológica. 

Anyway, então até lá vamos bater um papo rápido sobre os vilões da série Zelda e o que acho de cada um deles. 

E sim, terão SPOILERS, estejam avisados.


Princesa Hilda 

E vamos começar falando a respeito de um dos meus vilões preferidos da franquia, a Princesa Hilda, uma das antagonistas do jogo The Legend of Zelda: A Link Between Worlds. 

Pra quem não sabe, a Hilda é a princesa do reino do Lorule, que é uma versão "invertida" do Reino de Hyrule, e ela é a contraparte da princesa Zelda neste mundo. 

Inicialmente ela diz para Link trazer a Triforce da Coragem para ela para poderem derrotar o vilão Yuga, que prendeu Zelda e os sete sábios em quadros de pintura no Reino de Hyrule. 

O nosso herói de um metro de altura fica quase o jogo todo fazendo o que Hilda diz na intenção de salvar Zelda e derrotar o mago Yuga, pra no final descobrir que estava sendo manipulado pela astuta princesa que dizia ser sua aliada.

Uma tacada de mestre, Hilda é uma princesa inteligente, mas ao mesmo tempo tem um único dígito de Q.I., porque assim que ela entrega a triforce para Yuga o mesmo decide que destruir e dominar tanto Hyrule e Lorule... 

Gostou da cagada que tu fez, Hilda? 

Mas, o que me faz gostar dela é que, no fundo, a mesma não é uma vilã com más intenções, diferentemente de outros vilões da série que são maus apenas porque a trama precisa de um antagonista pra narrativa acontecer. Ela realmente fez o que fez na esperança de salvar seu reino. 

Isso é tão verdade que a mesma se arrepende do que fez e salva Link e Zelda, os mandando para o reino de Hyrule no fim do jogo em segurança com sua triforce. Isso é que é verdadeira construção de personagem, Hilda é mais humana e carismática que muito antagonista vazio que vemos por aí.

E falando em antagonista vazio e sem graça...


Zant

As paquitas de Twilght Princess podem ir largando o teclado agora mesmo! 

Zant é um vilão bem bosta e não é nenhum exagero o que estou dizendo. 

O cara foi chutado feito um balde no final de TP, fez o que fez com maestria para no final ser só mais uma das putinhas de Ganon. Ora essa, que chance criarem um vilão icônico vocês perderam, Nintendo. 

Zant é um Twili, uma raça descendente de seres que foram expulsos do Reino Sagrado há muitos anos e aprisionados no Reino do Crepúsculo. O mesmo, caindo em fúria por não ter se tornado o próximo rei do reino, usurpa o trono da Midna (Mais uma dos milhões de side-kicks que acompanham Link em suas jornadas) e se autoproclama rei do Reino do Crepúsculo. 

E mais do que isso, o miserável ainda transforma os seus próprios cidadãos em criaturas demoníacas (Se ele tentar, quem sabe não consegue a Presidência da República por aqui...) e os envia pra tocar o terror em Hyrule, dominando assim a princesa Zelda. 

O bicho era tão imponente que quando entrou na sala da Princesa Zelda já soltou logo um "Então, piriguete, tu prefere viver ou morrer?", na maior cara de pau, é como se alguém chegasse na cara do Vladimir Putin, na frente daquele exército colossal, e peidasse na cara dele enquanto pisa na bandeira da sagrada Mãe-Rússia! 

Tem que ter bolas de aço pra fazer uma coisa dessas, e Zant o fez!

Tudo isso pra no final ser só mais um capacho de Ganondorf. Era um baita vilão no começo, com aquela atmosfera sinistra, e no final se tornou só um louco genérico que morre sem mais nem menos, sendo destituído do seu excelente cargo de antagonista principal.


Demise 

Lembram quando eu falei que existem vilões que são maus apenas por serem? Pois é. Demise é exatamente o estereótipo deste tipo de vilão. Afinal, o que se pode esperar de um cara cujo o nome é "Falecimento" em inglês? 

Mas, Demise não é só o "mal pela maldade" na trama, ele é a própria personificação do ódio no universo de The Legend of Zelda. Ele é uma espécie de capiroto! O mesmo veio do subsolo com um exército de demônios só para matar e causar o caos na terra, além de pegar a Triforce e transformar o mundo em seu playground pessoal. 

Uau, quem é Calígula e Tibério perto deste filho da puta?

O problema é que Demise tem um baita potencial desperdiçado. Ele poderia ter um back-story melhor explorado, uma profundidade maior de suas motivações como vilão. O Akuma from hell aí acaba sendo justamente aquele estereótipo de vilão que é ultra maldoso e insano porque... Sim. Afinal, sem um vilão fazendo "vilanisses" o herói passaria o resto do dia no Kwai mandando convite até pros mendigos da cidade.

No final de Zelda Skyward Sword ele foi selado e derrotado pelo grande poder imbatível de Link chamado: PROTAGONISMO. Nunca mais reapareceu na franquia. Existem diversas teorias de que ele é um precursor de Ganon, ou que esse é uma reencarnação daquele, entre outras. Mas, seria legal se ele reaparecesse na franquia e os roteiristas explorassem um pouco mais o personagem, com certeza seria um personagem muito mais marcante e carismático.


Vaati 

Vaati sofre exatamente dos mesmos problemas de Demise, a diferença é que nunca entendi exatamente suas motivações... Se é que elas existem. 

Tudo o que é dito em Zelda: Minish Cap é que o picori aí era um ajudante de um estudioso chamado Ezlo, e, depois de ser corrompido pelo mal no coração dos homens (Ou de se interessar por este mal, nunca entendi bem ao certo), se tornou o vilão que conhecemos, intervindo no torneio de espadas de Hyrule, transformando a princesa Zelda em uma estátua e tacando o terror espalhando demônios no reino, como Octoroks, Tektites e a Gleissi Hoffmann! 

... Que baita cuzão! 

Mas, o passado de Vaati nunca foi explorado devidamente, nem mesmo houve alguma construção na sua personalidade nos três jogos em que ele aparece. De antagonista com convicções (Eu acho) ele se tornou, no fim de Minish Cap, uma entidade maligna poderosa que só quer caos por querer. Ou seja, se tornou uma "entidade da destruição" genérica, assim como o Dark Gaia em Sonic Unleashed, Cloud of Darkness de Final Fantasy III ou Lavos de Chrono Trigger.

A falta de detalhes na trama por trás de Vaati o tornam um grandíssimo filho da puta. É dito que o mesmo era um bom rapaz antes de se corromper. Mas, afinal, por que ele se corrompeu? Nada explicado. Por que ele quer dominar todo o Reino de Hyrule? Nada explicado. Da onde surgiu sua admiração pela corrupção humana? Advinha, nada explicado aqui também.

Sabe, eu retiro as críticas que fiz ao Zant agora há pouco, ao menos ele tinha motivações que faziam sentido. Vaati é um vilão tão... Tão meh, que até o Zant perto dele parece ser mais badass. Quando olho pro Vaati a primeira coisa que vejo é um adolescente cheio de hormônios destruindo o quarto porque o papai não pagou a mesada do mês ou porque a Mariana não quis por a mão na Master Sword dele...

... Ou será que foi isso mesmo e os roteiristas não quiseram contar? Nunca saberemos.


Skull Kid

Aqui vai uma opinião bem impopular minha: Considero Skull Kid o melhor vilão de toda a franquia Zelda. 

Já parou de jogar as pedras? Vamos continuar? Então ok.

Skull Kid é o melhor vilão da franquia simplesmente porque COM ELE NÃO TEM CONVERSA. Logo no início de Zelda Majora Mask já nos é dito que o vilão está controlando a lua para cair no mundo em 3 fodendo dias, sem mais nem menos. Diferente dos outros vilões da série, Skull Kid não busca poder nem nada do tipo, tudo o que ele quer é o extermínio da vida, pura e simplesmente. E o cara não mede esforços para conseguir completar seus objetivos, ele sim é o verdadeiro agente do caos e da destruição. 

Mas, Skull Kid é, no fundo, só uma vítima de muitas situações embaraçosas que aconteceram com ele em Ocarina of Time e no próprio Majora Mask. Pra começo de conversa, a própria "raça" dos moleques caveiras é composta de Hylians e Kokiris que se perderam na Lost Woods e tiveram sua natureza corrompida em razão disso. Ou seja, viver abandonado e rejeitado já são traços inerentes ao seu próprio ser. 

Link chega a fazer uma certa amizade com ele em Ocarina of Time, mas logo depois (Ou antes disso, nunca entendi muito bem essa parte da história) Skull Kid vai parar em Términa, onde ele faz (ou já tinha feito) amizade com quatro gigantes que são, basicamente, divindades neste mundo paralelo. Mas, estes gigantes abandonam o moleque caveira, que, frustrado por perder todos os amigos, começou a tacar o terror nos cidadãos daquele reino (Ou cidade, sei lá). Então esses cidadão rezaram ao quatro gigantes para que expulsassem nosso antagonista e o mesmos ficaram pistolas com ele, o que o deixou ainda mais ressentido. 

Quando ele encontrou aquele sinistro e medonho vendedor de máscaras, roubou a máscara majora dele e a colocou foi quando o poder maligno presente nela começou a manipulá-lo. Mas, eu sinceramente acredito que a máscara na verdade só se aproveitou do coração melancólico do Skull Kid, que se deixou dominar por sentimentos vingativos.

Skull Kid é um vilão humano, com falhas e sentimentos como todos, apenas errou no momento em que colocou a máscara majora e foi dominado por ela. Não merecia passar nem metade do que passou, e no final de Zelda Majora Mask é satisfatório ver que ele conseguiu se livrar de todo esse peso. É impossível não se emocionar com a história dele ou se sentir tocado por ela.

Sim, o moleque caveira é ótimo vilão, exerce muito bem o seu papel e é carismático. Podem ficar irritadinhos comigo, mas não coloquei ele na minha lista de maiores vilões dos jogos à toa. 

Ah, e sua banda de rock preferida é Three Days Grace...

... Sou engraçadão, né? Eu sei disso, obrigado.


O Vendedor de Máscaras em Zelda Majora Mask

SIM! Esse cara é um vilão! 

Como assim "Por quê"?

Ora essa, pensem comigo, a Máscara Majora era usada por uma antiga tribo ancestral para realizar feitiços e coisas do tipo, mas o artefato era tão poderoso e tentador que os seus próprios manuseadores o selaram porque tinham consciência da catástrofe planetária que seria se ela caísse em mãos erradas. 

E, estranhamente, essa máscara parou nas mãos do sujeito acima... E, estranhamente, caiu nas mãos de um pobre rapaz ressentido e facilmente manipulável... 

Na boa, não consigo duvidar da ideia de que, na verdade, o vendedor de máscaras é que é o verdadeiro vilão de Majora Mask. Posso estar enganado ou não ter prestado muita atenção nos diálogos do jogo, mas tudo que sei aponta para essa afirmação. 

E, além do mais, OLHA A CARA DE SÁDICO QUE ESSE FILHO DE UMA MERETRIZ TEM! 

Papo sério, se um cara desses viesse falar comigo na rua eu correria para a igreja mais próxima e mergulharia no primeiro tanque da água benta que aparecesse na minha frente. 


Byrne 

Byrne é, simplesmente, o único vilão verdadeiramente interessante em Zelda: Spirit Tracks. Cole é só um capacho de Malladus, que quer reviver o demônio apenas por ser um mero bundão. E o próprio Malladus é nada mais que um "Generic Doomsday Villain" que só está lá pra ser o boss final e o grande mal da trama do jogo que devemos evitar a todo custo. 

Ao contrário, Byrne fora um aprendiz de Anjean (Um cruzamento de velhinha com trem (?)) e se sentiu frustrado ao saber que não poderia adquirir poder dos espíritos bons através dos seus próprios esforços. Então o antagonista se alia a Cole para ressuscitar Malladus. Mas, no meio de toda reviravolta, Byrne é traído pelos outros dois vilões, e, se redimindo no final, se sacrifica pra salvar a Princesa Zelda... Bom, mais ou menos, ele impede que Malladus pegue o corpo de Zelda novamente e o espírito dela volte para lá. Nessa treta toda nosso antagonista morre, mas como um herói! 

Por isso, Byrne é um bom personagem. Pode ter sido um vilão meh, mas sua construção de personalidade é boa de se acompanhar, eu realmente gosto dele. 


Astor 

E vamos falar do último vilão a aparecer nos jogos da série. E ele é, nada mais, que mais um grande mago que quer ressuscitar Ganon por razões pessoais, algo que já é mais que recorrente nas tramas de Zelda. E esse aqui não é mais interessante que os outros, pois suas motivações são uma incógnita. Sendo só mais um Agahnim/Yuga wannabe. Agahnim era só um peso de papel em A Link to the Past, e Yuga é o famoso "mal pelo mal" em A Link Between Worlds, Astor é só o receptáculo de Ganon em Hyrule Warriors: Age of Calamity, ou seja, é só mais um capacho. 


Calamity Ganon 

Eu não costumo gostar dos Generic Doomsday Villains, porque, na maioria das vezes, eles são só um vilão excessivamente overpower, servindo apenas como recurso da narrativa pra dar uma atmosfera mais tensa ao enredo. Por isso, muitas vezes não vezes não funcionam. Eu comentei agora há pouco de Vaati e Malladus, que são ótimos exemplos disso. 

Porém, a versão do principal antagonista da série em Zelda Breath of the Wild (Ou Zelda Bafo Selvagem, como alguns gostam de chamar carinhosamente) é muito competente neste quesito. Posso dizer com vêemencia que é um dos melhores vilões deste gênero. Calamity Ganon não é só o boss final do jogo, ele é uma verdadeira divindade maligna no mundo de Breath of the Wild, desde o momento em que Link acorda peladão e com amnésia (Que situação mais sugestiva, não?) o jogador só escuta falar sobre a tragédia que foi a guerra contra esta entidade há mais de cem anos atrás, sobre como o mundo todo está um caco por causa dele, sobre como ele é o satan em pessoa, tem uma pancada de NPC's espalhados no jogo que falam sobre como sentem medo do seu retorno e do futuro. 

Até o ambiente contribui para este panorama, com uma Hyrule devastada, com diversas ruínas que indicam o maravilhoso lugar que lá foi outra hora, além de monstros e criaturas das TREEEEVAAAASSS espalhadas para todo o canto, evidenciando que o mundo está pouco a pouco perdendo sua vida e se corrompendo. 

Essa construção de mundo e ambientação é tão bem feita que é quase impossível jogar Breath of Wild e não sentir junto essa atmosfera assombrosa que é Calamity Ganon. Isso é tão verdade que quando o derrotei no final do jogo me deu um alívio e sentimento de paz tão grande que raramente sinto ao zerar algum jogo. Então sim, mesmo sendo um estereótipo, Calamity Ganon ainda é um bom vilão, pois faz bem aquilo que se propõe a fazer, a galera da Nintendo merece mais um encontro com a Kate Moss por conta disso (E as funcionárias merecem algum homem que esteja no mesmo patamar que a super modelo britânica). 

E não, eu não vou cometar sobre Ganondorf, pois, este é o vilão principal, todo mundo já o conhece muito bem e não há nada relevante que eu tenha para dizer sobre o mesmo. 

Então vou ficando por isso mesmo, esse post foi mais pra descontrair e pegar no pé dos fãs do Vaati, vou aguardar aqui com minha armadura anti viadagem com selo de aprovação do orgulho de ser heterose. Não sei quando sairá o próximo post, estou me preparando pra gravar mais um podcast, então fiquem atentos meus fiéis escudeiros! 

See Ya!

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