Pokémon, uma série que já é considerada por muitos uma empresa. Sim, acredite. No começo, era apenas um simples jogo de Game Boy, hoje em dia tem anime, mangá, produtos, filmes, referências, decorações, roupas, carros, materiais escolares, aplicativos, bananas e tudo que você pode imaginar existe relacionado a Pokémon. Foi criado por Satoshi Tajiri e seu parça Ken Sugimori, quando os dois fundaram uma empresa desenvolvedora de jogos, aí em 1989, acho que vocês nem devem conhecer... Uma tal de "Game Freak". Naquela época a Nintendo estava passando por dificuldades financeiras e seu portátil, Game Boy, não lhe estava rendendo muito, até que então surge no horizonte a Game Freak, com seus dois RPG's que simplesmente mudaram completamente o rumo da Nintendo: Pokémon Red e Pokémon Blue. O sucesso foi tão grande, mas tão grande, que conseguiu aumentar as vendas do pequeno portátil.
Vejam, Pokémon salvou a linha de portáteis da Nintendo, se hoje você tem um 3DS agradeça ao tio Tajiri.
A partir de 1997, surgiram as divisas na série, com o lançamento do anime "Pokémon", estrelando o protagonista Ash, que se baseava no personagem protagonista dos jogos, Red. E o lançamento do mangá baseado na história dos jogos "Pokémon Adventures". Ambas mangá, jogo e anime sugerem a história de um garoto que sai de casa aos 10 anos e resolve se tornar um Treinador Pokémon (Pokémon Trainer) e seguir rumo a se tornar o Mestre Pokémon (Pokémon Master). Para isso, ele teria que conseguir as 8 insígnias de sua região e enfrentar a Elite 4, onde se encontra os quatro maiores treinadores que já existiram. Esse garoto recebe auxílio do Dr. Oak (ou Prof° Carvalho) e rivaliza mortalmente com seu neto, Green (Gary no anime).
É engraçado imaginar que essas histórias são completamente diferentes e ao mesmo tempo partem do mesmo principio, Pokémon é isso. No entanto, há uma grande quantidade de fãs da série que sempre discutem sobre qual a melhor história, qual o melhor personagem, etc., sempre colocando em evidência o mangá, o anime e o jogo. E essa postagem servirá exatamente para isso, mostrarei o porque da história do mangá ser a melhor em relação aos jogos e ao anime.
Lembrete: Aqui serão analisadas apenas a história do mangá, anime e jogos da primeira geração, ou seja, de Kanto, mais tarde farei uma postagem de Johto e assim por diante.
O maior problema do anime foi o de ser muito mais voltado para o público infantil, porque, convenhamos, ele é infantil. Pokémon fez uma incrível fama não só no Japão, mas também por quase o mundo inteiro. O anime foi responsável por fazer da série uma referência pop, claramente um fenômeno. E não é a toa, os personagens são carismáticos, o mundo é tão vivo com tantos Pokemons, mistérios e aventuras, era simplesmente impossível uma criança não olhar para aquilo e se apaixonar. Mas, é aí que entra o "x" da questão. Pokémon acaba se tornando um anime apenas divertido para crianças e outras pessoas que assistiram quando eram menores, ou seja, quando eram crianças.
Não leve a mal, não vejo problema nenhum em assistir Pokémon mesmo que você tenha 30 ou 40 anos, afinal, foi um dos maiores animes já feitos, que inclusive continua em produção até nos dias de hoje. Porém, é preciso levar em consideração que o anime é repetitivo e pode enjoar facilmente alguém. Olhe, por exemplo, a fórmula utilizada em cada episódio, é sempre a mesma coisa: Ash encontra alguém que tem problemas com seu pokémon (ou precisa de ajuda, etc, você entendeu), aí a Equipe Rocket se interessa nesse problema e/ou tenta sequestrar o Pikachu e pioram as coisas, aí rola uma batalha entre o Ash seus amigos contra a Equipe Rocket, logicamente o Ash ganha e o problema no começo do episódio foi resolvido nos dando uma lição de moral.
Entende que isso é um enredo simplista e que o intuito não é fazer uma história profunda e incrivelmente épica? Tá certo que ainda tem alguns episódios que mostram batalhas monstruosas e algum foco no protagonista e seu passado, mas ainda são pouquíssimos, é como se de 10 em 10 episódios aparece um que, de fato, focasse na trama principal da animação. Logo, o anime é altamente atraente à uma criança que quer assistir algo simples, leve e animado, não significa necessariamente que seja ruim. Até eu assisto de vez em quando alguns episódios da era clássica, que trazem uma grande nostalgia e muitas vezes me abrem um leve sorriso no rosto, porém, não me interesso mais como antes, e tenho certeza que o cara de 20 anos aí também não.
Já em Pokémon Adventures, a história de cada capítulo é voltado para a trama principal da série. É o contrário do anime, é um enredo sério, com reviravoltas e um certo foco do desenvolvimento dos personagens. O mangá procura sempre dar atenção aos personagens principais ao invés de inventar um personagem novo insignificante a cada capítulo. Logo, você passa mais tempo vendo o personagem evoluindo dentro de seus próprios problemas. Red sempre está enfrentando os líderes de ginásio, a Equipe Rocket, e seus dois rivais Green e Blue (Sim, no mangá existe uma segunda rival, que é Blue, esta não aparece nos jogos e nem no anime), sem ficar o tempo inteiro parando sua jornada para dar atenção a outras coisas irrelevantes, como um cara que está fazendo um filme sobre pokémons.
É, isso acontece no anime, só usei como exemplo aqui.
Sem falar que os personagens no mangá são mais maduros, e a história é mais séria, mais envolvente, com momentos de tensão e chega até a rolar sangue em algumas cenas onde haviam batalhas entre pokémons. Logo, além de atrair crianças, atrairá pessoas mais velhas, ou seja, o mangá sempre será ótimo para você mesmo que esteja mais velho, diferente do anime que desprende a atenção de quem assiste com o tempo. Eu mesmo adorei ler Pokémon Adventures, li uns 100 capítulos em um dia, porque é muito bom, ora essa! Mas não confundam as coisas, não significa que só porque o mangá é mais sério, que quer dizer que ele não seja bom para crianças, a velha inocência dos personagens estará aqui também. Então teremos a mesma essência, porém, desenvolvida e construída de outra forma.
Os jogos da série são o contrário do anime. Enquanto sua história é mais séria e focada nos protagonistas, os personagens são menos carismáticos, e muitos deles nem tem tanto aprofundamento no seu back-story e suas personalidades.
Olhem por exemplo o Green, no jogo ele é apenas um garoto mimado cheio de ego, mesmo perdendo para Red, o cara continua zombando com sua cara e dizendo o quanto é incrível de forma arrogante. Ele não tem o mínimo de carisma, não há motivo algum para eu ou qualquer outro jogador se apegar a ele ou gostar dele.
Já no mangá ele é... Ta bom, ele é mais ou menos assim no mangá também, mas pelo menos ele evolui com o passar dos capítulos, e, com o tempo deixa de ser um arrogante e se torna um treinador muito mais forte, mais maduro, e isso é algo completamente humano, fazendo com que nos simpatizemos com o personagem. Green nos jogos é apenas uma criancinha mimada sem razões aparentes, no mangá o personagem tem um back-story interessante onde mostra ele sendo treinado rigorosamente por uma espécie de mestre ou sensei de Pokémons durante a infância.
Ou seja, se Green é do jeito que ele é, é porque teve motivos para ser assim, o treinamento frio e rigoroso o tornou frio e rigoroso com seus pokémons, entenderam? E isso é muito legal, começamos e entender melhor os personagens, e isso os tornará carismáticos. Nos jogos em nenhum momento descobrimos algo sobre Green, logo, ele é visto como um personagem superficial e sem real notoriedade pela maioria, sendo apenas o rival que serve para apanhar do jogador principal.
Eu não gostava dele, pelo menos até ler o mangá.
O resto dos personagens são a mesma coisa em comparação do mangá aos jogos. Blue não podia ter pokémons, por isso roubou o Squirtle. Red não começa sua jornada com um inicial dado pelo Prof° Oak, e sim com um Poliwhirl que tem desde pequeno, além do mais, o próprio Prof° Oak nem conhecia Red antes do pequeno conflito em que ele decide dar o Bulbasaur para o rapaz.
Mas, é compreensível que os jogos não foquem tanto nos personagens. Acredito que o principal motivo é que os jogos tentam criar uma alusão ao jogador de que é ele que está ali no jogo, e os personagens mais próximos a ele sejam pessoas conhecidas na vida real. Ou vai me dizer que você nunca deu para seu rival o nome de alguém que você odiava? Não estou dizendo que isso é ruim, na verdade é bom, até porque, essa é a magia dos jogos do Pokémon, são pequenos traços como estes que tornam eles tão divertidos.
Mas, se o jogador estiver atrás de uma boa história que o prenda, aconselho a ler Pokémon Adventures.
Além do mais, os eventos que ocorrem no mangá prendem muito mais a atenção do leitor, muito mais mesmo. O anime é previsível na maioria dos episódios, o jogo também. Nos jogos e no anime, todos personagens são bonzinhos e perfeitinhos, com exceção a Equipe Rocket. No mangá, eles elevam ainda mais a seriedade e o perigo na atmosfera da história. Só para vocês terem noção, quatro dos oito líderes de ginásio são membros da Equipe Rocket! É, é isso mesmo que você leu, meu caro leitor. E não para por aí, a Elite 4 é um grupo de treinadores malignos que querem... A extinção da raça humana! Já que, segundo sua filosofia, os humanos são cruéis com os pokémons, e ele merecem ser destruídos para que os pokémons vivam em paz na terra...
E acho que nem preciso dizer o porquê de preferir a versão mangá da Elite 4.
Não irei mais falar nada em relação ao enredo do mangá, porque, estaria passando muitos spoilers (Mais do que já passei aliás). Então, no final das contas, por que o mangá tem uma história melhor que os jogos e o anime? Vamos ver... O mangá tem uma história que consegue ser séria, profunda, carismática, envolvente e com uma ótima trama. Não que o anime e os jogos tenham enredos de má qualidade, eles são, até certo ponto, bons. Caso você, leitor, não concorde com as ideias e pontos de vista deste post, comente! Aqui no blog ninguém tem butthurt.
E é isso, por hoje é só amigos, agora, vá ler o mangá antes que eu mude de ideia, vamos, vamos, VAMOS!
See Ya!
Você se esqueceu que pokemon tem fanatistas religiosos que dizem que é coisa do satanás (eu mesmo)
ResponderExcluirEu quis dizer que eu sou o marvado supremo pra quem não entendeu a piada.
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